O verão está cada vez mais próximo. Essa estação, querida por muitos, costuma ser marcada por períodos de férias, praia, piscina e muito sol! Mas a exposição excessiva ao sol pode levar ao envelhecimento precoce da pele, além de desenvolvimento de doenças. Por isso, é necessário prestar atenção a alguns cuidados.
A Dra. Andrea Bannach, médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e gerente médica da franquia de dermatologia no Aché Laboratórios, explica que essa exposição leva à formação de radicais livres na pele, gerando um funcionamento alterado do órgão, pela perda de colágeno e fibras elásticas. "Além disso, pode induzir o aparecimento de doenças na pele ou piorar algumas já existentes, sem falar do principal fator de risco, que é o desenvolvimento de cânceres de pele", diz Andrea.
Quais os cuidados necessários?

De acordo com Andrea, é recomendado evitar exposição nos horários de pico (das 10 às 16 horas), fazer uso de protetor solar com, no mínimo, FPS 30 e proteger a pele também com outras medidas, como óculos de sol, chapéu ou boné. "A exposição exagerada é o problema. Com as medidas de proteção pode-se, sim, ter uma exposição ao sol segura", afirma.
E como proteger o couro cabeludo? Andrea recomenda a proteção física, como chapéu, ou protetor solar em spray, que pode ser aplicado mesmo em áreas com pelo. "Para quem não tem cabelo em algumas áreas do couro cabeludo, pode-se usar o mesmo protetor solar do rosto", completa Andrea.
Ela ressalta que é preciso reforçar a importância da hidratação nos dias de maior calor. "É necessário beber bastante água nos dias de clima mais quente. Se está se expondo ao sol, também é preciso caprichar na hidratação da pele, porque ela tende a desidratar. O corpo todo tende a desidratar mais rápido".
Cuidados pós-sol
Segundo Andrea, se a pessoa tomou sol de maneira controlada e não teve nenhuma queimadura solar, não é necessário nenhum cuidado específico, é só seguir a rotina normal de skincare, com limpeza, uso do hidratante e protetor solar. Agora, se houver alguma queimadura solar, é preciso idealmente de um atendimento médico para avaliar a extensão e gravidade e o tratamento ideal.
Ela explica que produtos comercializados como pós-sol não são necessários. "Para quem já tem uma rotina de skincare o próprio hidratante pode ser usado depois de tomar sol. Existem no mercado algumas opções de pós-sol, principalmente com aloe vera (que é um ativo interessante, porque é hidratante e calmante), que ajudam a tirar esse efeito de desidratação que o sol pode causar, e até promovem alívio no caso de uma queimadura superficial em uma área pequena. Mas não é um produto essencial", comenta a médica dermatologista.
O sol também é benéfico

Andrea ressalta que um pouco de exposição é necessária e importante por conta da síntese de vitamina D, além de ajudar no bem-estar e na regulação do humor. De maneira geral, as recomendações são evitar a exposição em horários em que a radiação é mais intensa e não se expor ao sol sem protetor solar - lembrando da importância de reaplicá-lo a cada 2h ou 3h.
Ela esclarece que, para pessoas portadoras de algumas doenças de pele, o sol pode ser maléfico porque o problema tende a piorar, como no caso da rosácea. Também é o caso de quem tem melasma, pois a mancha fica mais aparente e escura após a exposição.
Em contrapartida, para pessoas com doenças como a psoríase e dermatite atópica, a exposição ao sol pode ser uma aliada. "Isso porque o sol tem um efeito de imunossupressão sobre a pele, que alivia um pouco algumas dessas doenças inflamatórias. Porém, isso não pode ser feito de forma descuidada e sem supervisão. É sempre importante ter uma orientação médica, principalmente se a pessoa está em tratamento, usa medicamentos que podem interagir com a exposição ao sol e levar a algum tipo de fotodermatose. Portanto, a exposição ao sol para quem tem doenças de pele tem que ser sempre discutida com o médico que está cuidando do paciente", alerta Andrea Bannach.
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