Por que falamos tanto sobre proteção solar? Bom, o uso constante de protetor solar, além de evitar o envelhecimento precoce da pele, tem um papel fundamental: proteger de doenças, como o câncer de pele. Sendo o câncer mais comum no Brasil e no mundo, falar sobre esse tema, mais do que importante, é um dever. Para conscientizar a população sobre, em 2014, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) criou a ação Dezembro Laranja, que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele.

Como o câncer de pele surge?
A Dra. Andrea Bannach, médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e gerente médica da franquia de dermatologia no Aché Laboratórios, explica que existem diversos tipos de câncer de pele, os mais comuns são divididos em dois grupos: os cânceres do tipo melanoma e os do tipo não melanoma. "Do tipo melanoma é o câncer que se origina a partir do melanócito, que é a célula da pele que produz a melanina. Os tipos não melanoma são cânceres que se originam dos queratinócitos, que são as células mais abundantes da epiderme", diz.

 

De acordo com Andrea,  o câncer de pele surge em pessoas com predisposição e os fatores de risco aumentam por conta de alguns comportamentos.  "Os fatores de risco para ter câncer de pele são: ter uma pele muito clara, olhos azuis, ter mais do que 50 pintas pelo corpo, além de imunossupressão e alguns comportamentos, como exposição excessiva ao sol, tabagismo e etilismo", esclarece a dermatologista.
 

Diferenças entre os tipos de câncer

Segundo Andrea, os cânceres do tipo melanoma são mais raros, porém, muito mais agressivos. "Quando vemos dados de mortalidade por câncer de pele, quase sempre são relacionados ao melanoma, além de mais agressivo, tem o potencial de crescer fora da pele, o que é chamado de metástase, que são lesões cancerígenas em outros órgãos", explica.

 

Ela complementa que  os cânceres do tipo não melanoma, em geral, são menos agressivos. Os mais comuns são o carcinoma espinocelular e o carcinoma basocelular. "O basocelular é o mais comum entre todos os tipos e esses dois têm um potencial de risco menor de levar a pessoa à morte, mas, ainda assim, podem causar bastante destruição tecidual no local onde estão crescendo", completa.

 

Quais os primeiros sinais do câncer de pele?

No caso de melanoma, existem tipos diferentes, tanto com pigmento quanto melanoma amelanótico, que é sem pigmento, mas, na maioria das vezes, é uma mancha marrom escura ou preta que começa a crescer, de acordo com Andrea.

 

"Pode ser tanto uma lesão ou pinta que a pessoa já tinha, que altera de características, como uma pinta nova que aparece e começa a crescer. Já no caso de carcinoma basocelular e espinocelular, na maioria das vezes as lesões não são marrons, mas avermelhadas ou rosas, o que faz com que as pessoas confundam com espinhas ou verrugas", pontua Andrea.
 

Os sinais de alerta

Ainda de acordo com ela, quem tem muitas pintas pelo corpo precisa observá-las, se elas estiverem modificando de tamanho ou formato, é preciso suspeitar e investigar.  

 

Quais os tratamentos?

Andrea destaca que a primeira escolha é o tratamento cirúrgico, retirar toda a lesão da pele. "Quando isso pode ser feito e não há metástase, muitas vezes, a pessoa fica curada. Então, para boa parte dos casos, é a única necessidade de tratamento".

 

Já alguns tipos de câncer superficiais podem ser tratados com medicamentos específicos, segundo ela, mas são caso raros, em que o câncer ainda está no estágio muito inicial. "Quando há metástase, a situação mais grave, podem ser indicados medicamentos que são terapia alvo e agem especificamente bloqueando alguma via metabólica do câncer, que o impede de continuar crescendo. Esse tipo de tratamento, geralmente, não é curativo e, sim, paliativo, mas depende do câncer, da situação do paciente e de outros fatores", diz.

 

Em raros casos, de acordo com Andrea, são realizadas radioterapia ou quimioterapia.

 

Autoexame é fundamental 

"Eu sou super defensora do autoexame da pele, porque a pessoa conhece a própria pele melhor que ninguém. É preciso que se olhe todos os dias, não precisa marcar uma data para fazer o autoexame, o ideal é estar sempre se avaliando, se olhar no espelho, reparar nos braços, nas pernas e até nas áreas em que não se consegue enxergar facilmente, como costas e atrás do pescoço. Assim, é mais fácil identificar qualquer alteração mais precocemente", afirma Andrea.

 

Dessa forma, há maiores chances de identificar o câncer mais cedo e tratar precocemente, o que aumenta muito a chance de cura.
 

Prevenção que precisa ser feita todos os dias

Para prevenir o câncer de pele, conforme explica Andrea, é preciso ter, primeiramente, a educação em saúde, saber quais são os fatores de risco e como se proteger deles. "É preciso evitar a exposição ao sol em excesso, usar protetor solar e evitar o horário do sol mais intenso (entre 10 e 16h), dar preferência a locais com sombra sempre que possível, se observar, além de consultar regularmente um médico dermatologista", recomenda.

 

Segundo Andrea, para a população geral, o recomendado é visitar o dermatologista uma vez ao ano. Já pessoas com algum tipo de problema de pele, devem fazer visitas mais frequentes, a cada seis ou três meses, para acompanhamento específico.

 

"É preciso ressaltar, também, a importância de reaplicar o protetor solar ao longo do dia, a cada 3 horas, pelo menos", completa Andrea.

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Como já mostramos, proteger a pele deve ser regra. E, para isso, nada melhor do que um protetor solar que oferece não só alta proteção, mas multibenefícios.
 

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Com Niacinamida e Heliomoduline (peptídeos da semente do algodão), tem ação antioxidante e evita a formação de radicais livres na pele, que são responsáveis pelo envelhecimento precoce.

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